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Trólebus & Veículos Elétricos Brasileiros
Fabricantes: CAIO Induscar


 

No início da década de 1980 atenta à demandas específicas de clientes forneceu à empresa aérea TAM uma versão de sua carroceria urbana Amélia, adaptada com porta frontal para embarque e desembarque de passageiros diretamente das aeronaves Fokker, utlilizadas na época pela empresa.

 

Ainda em 1985 é lançado o moderno rodoviário Squalo, ano em que a CAIO completa 40 anos de atividade. Construído em duralumínio e montado sobre plataforma Mercedes-Benz 0-364 alongada para 13 metros o modelo tinha diversos detalhes estéticos pouco usuais: enorme para-brisa dianteiro inteiriço, pequenos faróis retangulares, acentuando a pureza das linhas da frente, revestimento lateral em chapa de alumínio contínua e elevação do teto na parte traseira, onde foi montado um spoiler. Os bagageiros passantes ultrapassavam 11 m³ de volume e um grande número de opcionais era oferecido. Segundo o fabricante, o ônibus tinha “a melhor penetração aerodinâmica do mercado nacional“. A expectativa da CAIO era conquistar com o novo modelo 20% do mercado de ônibus rodoviários de piso alto.

Logo a seguir foi a vez da reestilização do micro Carolina que, dispensando a dianteira estampada em chapa de aço original da Mercedes-Benz, ganhou personalidade própria, inclusive um sutil spoiler na extremidade traseira do teto. Já em sua terceira versão o modelo continuou a ser disponibilizado em várias versões e marcas de chassis, inclusive como furgão de carga e ambulância.

O modelo urbano CAIO Amélia adaptado para a empresa aérea TAM.

(Acervo CAIO).

O modelo rodoviário CAIO Squalo.

(Acervo CAIO).

Equipe de engenharia da CAIO trabalhando no projeto do modelo rodoviário Squalo.

(Acervo CAIO / Instagram @historiabus).

O modelo CAIO micro Carolina - versão urbana.

(Acervo CAIO).

Em 1988 a CAIO lança o modelo urbano Vitória, substituindo seu antecessor Amélia. Com linhas limpas e modernas, caixa de itinerário integrada ao para-brisa (inteiriço), portas de uma só folha (opcionais) e larga grade horizontal pintada nas cores da carroceria: detalhes que em muito contribuíam para a impressão de funcionalidade comunicada pelo estilo da carroceria. O Vitória recebeu também iluminação fluorescente e painel de instrumentos e capô do motor com novos desenhos; o cordão de acionamento da campainha foi substituído por botões instalados nos balaústres. Foi lançada também uma versão rodoviária do Vitória, denominada Intercity, com leves alterações na dianteira (caixa do itinerário reduzida e transferida para o interior do veículo, pequena inclinação na parte dianteira do teto, spoiler traseiro e faróis no para-choque).

O modelo urbano CAIO Vitória em linha de produção.

(Acervo CAIO / Instagram @historiabus).

Publicidade da CAIO de 1987 com seus principais produtos disponíveis, incluindo o modelo Vitória a ser lançado no ano seguinte.

(Acervo CAIO).

Capa da Revista Transporte Moderno de novembro de 1987 evidenciando o modelo CAIO Vitória em exposição na V Brasil Transpo - clique aqui para acessar a reportagem.

(Acervo OTM Editora-Revista Transporte Moderno).

O modelo urbano CAIO Vitória em foto oficial do fabricante.

(Acervo CAIO).

O modelo urbano CAIO Vitória com 3 portas duplas.

(Acervo CAIO).

O modelo urbano CAIO Vitória articulado sobre chassi Scania.

(Acervo CAIO).

O modelo urbano CAIO Vitória articulado sobre chassi Volvo B58.

(Acervo CAIO).

O modelo CAIO Vitória Intercity sobre chassi Scabia de motor traseiro.

(Acervo CAIO).

Em 1993 visando o mercado de exportação para a América do Norte a CAIO formou uma joint-venture com a Mercedes-Benz alemã para a construção de uma fábrica em Monterrey, no México, Na unidade foram fabricados:

- micro-ônibus sobre chassi mexicanos;

- o modelo rodoviário Monterrey, sobre chassi Mercedes-Benz OH;

- o modelo Beta, um monobloco sobre plataforma de projeto próprio com suspensão mista (molas parabólicas e bolsas de ar) e motor traseiro (MWM de 197 cv ou Cummins de 230 cv). O Beta era um veículo de porte médio (9,25 m de comprimento, 4,7 m de distância entre-eixos, 18 a 35 passageiros) disponível em seis diferentes configurações, com uma ou duas portas, para uso rodoviário semi-leito e leito, urbano, shuttle, fretamento ou turismo, com piso baixo ou normal.

Na 3ª edição da Expobus São Paulo em 1994 foram expostos os modelos Monterrey e Beta, previstos para o mercado brasileiro no ano seguinte. Além disso foram apresentados o micro Carolina V com linhas totalmente novas e o ônibus escolar Mobile sobre chassi Ford F-12000 no estilo lotação (com capô externo), estrutura de duralumínio e uma porta de cada lado (esta carroceria, quando montada sobre o Mercedes-Benz 1214, recebeu o nome Taguá). Também em 1994 comemorou-se a 10.000ª unidade de carroceria produzida na Caio-Norte.

Em 1995 devido à crise cambial mexicana ocorre a paralização da joint-venture, que chegou a produzir 1200 ônibus em seu primeiro ano de operação.

O modelo mexicano CAIO Beta na versão fretamento, em exposição na III Expobus em São Paulo - 1994.

(Acervo OTM Editora / Revista Transporte Moderno).

O modelo mexicano CAIO Monterrey, em exposição na III Expobus em São Paulo - 1994.

(Acervo site "ônibusnostalgia").

O modelo mexicano CAIO Vitória sobre chassi Mercedes-Benz - 1995.

(Acervo Moacir Vitorino).

O micro CAIO Carolina em sua quinta versão na década de 1990.

(Acervo CAIO).

O modelo escolar CAIO Mobile sobre chassi Ford F-12000.

(Acervo CAIO).

O modelo CAIO Taguá sobre chassi MB L-1214.

(Acervo CAIO).

Em 1995 ao completar 50 anos a CAIO apresenta seu novo modelo urbano Alpha, em substituição ao Vitória, até então líder de mercado desde seu lançamento com 28 mil unidades produzidas. Sob o ponto de vista construtivo o Alpha trazia avanços e detalhes menos visíveis, voltados para a redução de custos e facilidade de fabricação. Foi generalizado o uso de material plástico reforçado com fibra de vidro, ABS e polipropileno, indo dos para-choques, grade dianteira e arcos de rodas às caixas de degraus, bancos, frisos externos e logotipos; o revestimento interno passou a ser feito com chapas de madeira prensada. Outras inovações: portas com vidros colados, chapeamento externo contínuo, traseira em peça única de fibra de vidro, estrutura da base reforçada e instalação elétrica com circuito impresso. Este foi o primeiro produto da empresa em que recursos de informática foram amplamente utilizados, desde a fase do projeto até a produção. A carroceria foi submetida a simulações de esforços estáticos e dinâmicos, monitoradas por computador, levando a mudanças nas colunas, reforços em emendas e processos de soldagem mais avançados.

Em 1997 foi lançada uma variante intermunicipal ou de turismo do modelo urbano atual, denominado Alpha Intercity. Com linhas muito semelhantes, alguns detalhes estéticos os diferenciavam: para-brisa dianteiro mais amplo e traseiro muito reduzido, caixa de itinerários interna, para-choques mais massudos e lanternas traseiras maiores. Neste ano também a CAIO firmou uma joint-venture com a espanhola Irizar para a fabricação, sob licença, de suas carrocerias rodoviárias no Brasil. O protótipo Century, primeiro produto da associação entre os dois fabricantes, foi apresentado na Expobus em 1998.

O modelo urbano CAIO Alpha.

(Acervo CAIO).

O modelo intermunicipal CAIO Alpha Intercity.

(Acervo CAIO).

O modelo urbano CAIO Alpha na versão articulada.

(Acervo CAIO).

Em 1998 a CAIO lança o micro Piccolo (em substituição ao Carolina) em diversas versões, desde motor-home até furgão, a van Piccolino (nas versões standard e luxo) e o urbano Millennium, com desenho futurista, para chassis com motor traseiro normais ou low entry. É lançado também o seu modelo biarticulado urbano.

 

Em 1999 a CAIO em meio a dificuldades financeiras solicita concordata, ano em que lança  o modelo urbano Apache S21 em substituição ao Alpha.

No final de 2000 a CAIO tem sua falência decretada. Como forma de aproveitar seu potencial fabril e a mão-de-obra especializada colocada em disponibilidade, a Justiça autoriza o arrendamento da massa falida, assumida no início de 2001 pela Induscar Indústria e Comércio de Carrocerias Ltda., firma especialmente constituída para esse fim pelo maior operador de São Paulo – e maior cliente da Caio – José Ruas Vaz. O contrato de arrendamento, pelo período de quatro anos, incluía o uso das instalações de Botucatu e da marca CAIO. A CAIO-Norte foi desativada.

O primeiro produto lançado pela Induscar ainda no primeiro trimestre de 2001 foi o Apache Vip, um sofisticado modelo urbano para chassis com motor dianteiro, que rapidamente se firmou no mercado, suplantando o S21 na preferência dos operadores. Com o sucesso do Vip a CAIO consegue recuperar parte do mercado perdido, crescendo 69% entre 1999 e 2000 e 48,2% entre 2000 e 2001 (com 2.700 carrocerias fabricadas, a produção de 2001 equivalia a 13,6% do total nacional).

Em outubro de 2002, na 4ª Fetransrio, a CAIO apresentou o modelo Giro, primeiro rodoviário da nova fase da empresa. Foram expostos dois protótipos: um com chassi Volkswagen OT de motor traseiro e outro sobre o tradicional Mercedes-Benz OF, ambos com 12,7 m de comprimento e capacidade para 42 passageiros, mais rodomoça. Com diversas opções de acabamento, o Giro foi cautelosamente apresentado pela CAIO como uma carroceria para uso em fretamentos ou percursos rodoviários curtos e médios. Lançado na versão 3400 (3,4 m de altura), apenas dois anos depois foi disponibilizado um modelo para médias e longas distâncias, o high deck 3600. Admitindo somente chassis com motor central ou traseiro, o novo modelo veio acompanhado de diversas comodidades (ar condicionado, calefação e uma das maiores geladeiras do mercado) além de novos faróis e lanternas, retrovisores aerodinâmicos e maiores bagageiros. Dependendo do chassi, podia comportar até 57 passageiros e 12,5 m³ de bagagens. Em 2005 foi a vez da versão 3200, com a dianteira levemente alterada.

O micro-ônibus CAIO Piccolo.

(Acervo Juverci de Melo).

O modelo urbano CAIO Millennium.

(Acervo CAIO).

O modelo urbano CAIO Apache S21.

(Acervo CAIO).

A van CAIO Piccolino.

(Acervo CAIO).

O modelo urbano CAIO Millennium biarticulado sobre chassi Volvo.

(Acervo CAIO).

O modelo urbano CAIO Apache Vip - primeiro modelo da era CAIO Induscar.

(Acervo CAIO).

O modelo rodoviário CAIO Giro 3400.

(Acervo CAIO).

O modelo rodoviário CAIO Giro 3600 em anúncio de 2004.

(Acervo CAIO).

O modelo rodoviário CAIO Giro 3200 sobre chassi de motor dianteiro Mercedes-Benz.

(Foto: Márcio Douglas).

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