**AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO**

 

**AO TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO**

 

**AO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO**

 

São Paulo, 04 de novembro de 2025

 

Prezados(as) representantes do Ministério Público e órgãos de controle,

 

Venho, por meio desta, como cidadão paulistano e usuário atento do sistema de transporte público, solicitar providências urgentes quanto ao desaparecimento de 12 trólebus da frota oficial da cidade de São Paulo e ao aparente processo de desmonte da infraestrutura pública de rede aérea de trólebus, feito sem consulta pública, sem transparência e em desacordo com os princípios constitucionais da Administração Pública, em especial os da legalidade, moralidade e publicidade.

 

 

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📉 Fatos recentes

 

Conforme noticiado pelo site especializado Diário do Transporte em 2 de novembro de 2025, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, passou a considerar oficialmente apenas 189 trólebus ativos, contra os 201 anteriormente registrados. Até o momento, não foi divulgado nenhum relatório técnico que justifique a baixa desses veículos.

 

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⚠️ Consequências do apagamento silencioso

 

Esse processo implica na destruição de uma infraestrutura pública já paga e em operação há décadas, responsável por manter parte do sistema de transporte coletivo de São Paulo limpo, estável e com baixa emissão de poluentes. Os trólebus:

 

Têm maior vida útil (até 30 anos)

 

Utilizam energia elétrica local, sem dependência de importação de baterias

 

Produzem zero emissão durante a operação

 

Já contam com subestações e rede construída ao longo de 70 anos

 

 

A substituição silenciosa e sem licitação transparente por ônibus a bateria (com contratos de leasing, vida útil menor e alto custo ambiental no descarte) levanta sérias dúvidas sobre o interesse público e a economicidade dessas decisões.

 

 

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❓ Questões que precisam de investigação

 

Solicito que sejam apurados os seguintes pontos:

 

1. Qual foi o critério técnico e administrativo para a baixa de 12 trólebus da frota da SPTrans?

 

 

2. Quais veículos foram baixados, com datas e números de série?

 

 

 

3. Houve processo licitatório ou contrato público para retirada de fios, pórticos e subestações?

 

 

4. Qual é o destino das subestações elétricas ainda existentes? Estão sendo desativadas? Do que se trata essa política pública?

 

 

5. Por que a substituição de um modal elétrico (trólebus) por outro elétrico (ônibus a bateria) está sendo feita sem debate técnico ou ambiental prévio?

 

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✊ Pedido final

 

Diante do exposto, solicito que este caso seja analisado com urgência, visto que o desaparecimento de frota e infraestrutura pode ser irreversível nos próximos meses. O que está em curso é um possível esvaziamento de patrimônio público, camuflado sob o discurso da modernização, mas sem estudo técnico, consulta pública, licitação ou responsabilidade com o erário e com o meio ambiente.

 

Como cidadão, reivindico o direito de ser informado, de fiscalizar e de ver os responsáveis responderem, caso seja constatado desvio de finalidade, desperdício de recursos ou improbidade administrativa.

 

Atenciosamente,

 

Tales

Morador da cidade de São Paulo

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