Os Sistemas de Trólebus Brasileiros:
Ribeirão Preto - Garagem

Aspecto da Garagem de Trólebus e Administração da Transerp.
(Fonte: https://revistaprojeto.com.br/acervo/borelli-merigo-garagem-e-administracao-da-transerp-ribeirao-preto-sp/).
Com a criação do Grupo de Trabalho Interministerial designado através da portaria n.° 55/MT de 28 de janeiro de 1977 pelo Ministério dos Transportes e em obediência à Resolução n.° 3/77 do Conselho de Desenvolvimento Econômico para a elaboração do Plano para Implantação do Sistema de Trólebus sugeriu-se que a adoção de um programa piloto fosse feita em uma cidade brasileira que nunca tivesse tido essa experiência.
Sendo assim Ribeirão Preto foi escolhida após análise preliminar dos benefícios que o sistema de trólebus traria à cidade. Contribuíram para a escolha as condições locais ímpares em termos de desenvolvimento, o elevado padrão dos serviços públicos prestados à comunidade e principalmente a capacidade gerencial do Município, condição indispensável para um empreendimento desse porte e de interesse nacional.
Características da Garagem: o Programa Básico apresentado pela TRANSERP considerou os seguintes itens:
- prédio que contivesse a Administração Central;
- garagem e oficinas;
- pátio de estacionamento;
- frota de oitenta veículos com expansão para cento e vinte.

Aspecto da construção da Garagem de Trólebus e Administração da Transerp.
(Fonte: https://revistaprojeto.com.br/acervo/borelli-merigo-garagem-e-administracao-da-transerp-ribeirao-preto-sp/).

Aspecto da construção da Garagem de Trólebus e Administração da Transerp.
(Fonte: https://revistaprojeto.com.br/acervo/borelli-merigo-garagem-e-administracao-da-transerp-ribeirao-preto-sp/).

Aspecto da construção da Garagem de Trólebus e Administração da Transerp.
(Fonte: https://revistaprojeto.com.br/acervo/borelli-merigo-garagem-e-administracao-da-transerp-ribeirao-preto-sp/).

Aspecto da construção da Garagem de Trólebus e Administração da Transerp.
(Fonte: https://revistaprojeto.com.br/acervo/borelli-merigo-garagem-e-administracao-da-transerp-ribeirao-preto-sp/).
Para a escolha da área levou-se em conta:
- proximidade em relação às linhas, a fim de que na saída e no recolhimento dos veículos o trajeto percorrido tosse minimizado;
- local cuja atividade não viesse a incomodar a vizinhança e vice-versa;
- topografia – declividade suave, diminuindo movimentos de terra uma vez que o veículo não deve se submeter a rampas acentuadas;
- custos do terreno;
- correlação com a malha urbana atual e projetada;
- infraestrutura existente e projetada.
As edificações foram concebidas visando uma construção simples e econômica, que atendesse aos prazos de implantação do Plano e cuja linguagem se afirmasse dentro de padrões de funcionalidade e conforto.
O conjunto consta basicamente de três áreas distintas, porém inteiramente relacionadas:
- administração central e portaria;
- garagens e oficinas;
- pátio de estacionamento de veículos.
O prédio da Administração Central envolvido por elementos vazados de concreto possibilita condições de conforto térmico adequado ao clima da região (quente e seco) evitando soluções mecânicas e sofisticadas. Em função do programa, as atividades foram distribuídas em dois níveis com acessos e circulações independentes.
No edifício da Oficina procurou-se também setorizar as atividades evitando-se interferências e superposições das mesmas. Desta forma, as áreas pré-lavagem, troca de pastilhas e lavagem propriamente dita, que tem uso intenso e periódico, estão praticamente isoladas do setor de manutenção, funilaria, borracharia etc.
O fechamento lateral foi feito por blocos de concreto assentados deitados e sem fundo até a altura de 3,00 m, e o restante com “Mini-Kalha Tekno”. A cobertura é também em “Kalha Tekno” vencendo vãos de 25,00 m. As áreas de estacionamento dos trólebus situavam-se numa posição fronteiriça ao portão de saída possibilitando escoamento fácil e rápido.







