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Os Sistemas de Trólebus Brasileiros:
Ribeirão Preto (SP) - Especificações Trólebus TC002


 

CHASSI: fabricado pela Scania do Brasil, específico para trólebus, equipado com suspensão a ar.

- Quadro do chassi: longarinas de 8 mm de espessura e travessas com 6 mm de espessura

- Dimensões básicas (mm):

    - distância entre-eixos: 6.000

    - balanço dianteiro: 2.255

    - balanço traseiro: 2.100

    - comprimento total: 10.355

    - bitola dianteira: 2.050

    - bitola traseira: 1.830

    - raio de giro (roda dianteira externa): 9.185

    - ângulo de viragem (roda dianteira interna): 54°

- Diferencial: de fabricação Scania, tipo R-770, com redução nos cubos de roda. Semi-árvores totalmente flutuantes.

    - relações de redução:

       - diferencial: 4,25:1

       - cubos: 2,83:1

       - total: 12,03:1

- Sistema de direção: tipo hidráulica. Mecanismo hidráulico do tipo esferas recirculantes, com retorno automático.

- Suspensão a ar: tipo Scania, totalmente pneumática para os eixos dianteiro e traseiro. Equipada com câmaras de ar tipo flutuantes. Amortecedores hidráulicos, telescópicos, de dupla-ação. Válvulas de nível, que mantêm constante a distância entre o chassi e os eixos. Barra estabilizadora nos eixos dianteiro e traseiro.

- Cargas admissíveis por eixo (kg):

    - eixo dianteiro: 6.000

    - eixo traseiro: 12.000

    - total: 18.000

- Sistema de freios: totalmente pneumáticos e de ação direta. Três circuitos independentes, para os eixos dianteiro, traseiro e freio de estacionamento. Tubulação em nylon de alta resistência a impactos. Conexões do sistema de ar comprimido com niples de material resistente à corrosão e de alto poder de vedação.

- freio de estacionamento: tipo mola acumuladora, montado no cilindro de freio do eixo traseiro.

- tanques de ar: separados para cada circuito, com dreno manual.

- ajustador automático de freio.

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(Fonte: folheto “Chassi Scania para Trólebus com Suspensão a Ar”, publicado pela Scania do Brasil).

CARROCERIA: especificações referentes ao veículo encarroçado e com sistema de propulsão: fabricada pela Companhia Americana Industrial de Ônibus – CAIO, modelo Amélia (urbano), obedecendo às resoluções do CONMETRO (PADRON TIPO II).

- Estrutura: em aço estampado.

- Dimensões básicas (mm):

    - comprimento total: 12.000

    - largura: 2.600

    - altura: 3.400

    - balanço dianteiro: 2.460

    - balanço traseiro: 3.410

    - distância entre-eixos: 6.000

    - ângulo de entrada: 8°

    - ângulo de saída: 8°

    - altura do 1o degrau: 370

    - altura entre degraus: 275

    - profundidade dos degraus: 300

    - altura máxima do piso na região das portas: 920

    - altura interna em áreas de circulação: 2.000

    - vão livre das portas: 1.100

    - raio de giro externo máximo: 12.000

    - raio de giro interno mínimo: 6.000

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(Fonte: folheto “Trólebus Villares” - 2 eixos e articulado,  publicado por Indústrias Villares S/A).

- Peso do veículo (kg):

    - peso do veículo vazio: 11.000

    - peso do veículo com carga máxima: 18.000

- Compartimento de passageiros:

    - capacidade de transporte

        - sentados: 37

        - em pé (5 pass/m2): 50

        - total: 87

    - capacidade máxima estática: 109 passageiros

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(Fonte: folheto “Trólebus Villares” - 2 eixos e articulado,  publicado por Indústrias Villares S/A).

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(Fonte: folheto “Trólebus Villares” - 2 eixos e articulado,  publicado por Indústrias Villares S/A).

- Posto de comando do motorista:

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Posto de comando do motorista - trólebus TC 002.

(Fonte:    folheto  “Trólebus  Villares  -  2   eixos e articulado, publicado por Indústrias Villares S/A).

Painel de comando geral e carroceria - trólebus TC 002.

(Foto: Marco Antonio G. Brandemarte).

Painel Villares - comando do sistema de tração e auxiliares - trólebus TC 002.

(Foto: Marco Antonio G. Brandemarte).

    - identificação dos controles de tração e auxiliares disponíveis ao motorista:

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(Fonte: “Manual de Operação” – Frota TRANSERP, publicado pela TRANSERP).

        1.   Pedal do acelerador.

        2.   Pedal do freio.

        3.   Painel CAIO (controle geral da carroceria).

        4.   Chave de ignição (sistema 24 V).

        5.   Chave geral (auxiliar e tração).

        6.   Voltímetro de linha.

        7.   Voltímetro de bateria.

        8.   Indicadores luminosos:

        a.   fuga à terra (vermelho).

        b.   falha no grupo de auxiliares (verde).

        c.   falha de tração (laranja).

        9.   Cigarra (sinal sonoro de falha).

        10. Chave liga-desliga da cigarra.

        11. Chave de seleção (avante – neutro – ré).

        12. Botão de emergência (simulação de fuga à terra).

        13. Botão de rearme do relé de fuga à terra (normaliza a situação de emergência).

        14. Painel VILLARES (comando e controle do sistema de tração e auxiliares).

        15. Relampejo de luz alta.

    - identificação geral dos componentes do painel CAIO:

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(Fonte: “Manual de Operação” – Frota TRANSERP, publicado pela TRANSERP).

        A.     Interruptor simples.

        B.     Interruptor de duas velocidades.

        C.     Interruptor pisca-alerta.

        D.     Interruptor bipolar.

        E.     Interruptor amarelo.

        F.     Interruptor vermelho.

        G.     Interruptor verde.

        1.     Lente da lâmpada piloto “desembaçador”.

        2.     Lente da lâmpada piloto “vigia”.

        3.     Lente da lâmpada piloto “iluminação interna”.

        4.     Lente da lâmpada piloto “lanterna”.

        5.     Lente da lâmpada piloto “baixa pressão de ar I”.

        6.     Lente da lâmpada piloto “baixa pressão de ar II”.

        7.     Lente da lâmpada piloto “baixa pressão de ar III”.

        8.     Lente da lâmpada piloto “emergência” (problemas no alternador ou compressor)

        9.     Lente da lâmpada piloto “luz de freio”.

        10.   Lente da lâmpada piloto “pisca alerta”.

        11.   Lente da lâmpada piloto “estacionamento” (freio de estacionamento aplicado).

        12.   Lente da lâmpada piloto “portas” (entrada/saída).

        13.   Lente da lâmpada piloto “porta de entrada”.

        14.   Lente da lâmpada piloto “porta de saída”.

        15.   Lente tampão

        16.   Lente da lâmpada piloto “rearme da solicitação de parada” (gongo).

        17.   Lente da lâmpada piloto “rearme da solicitação de parada” (luzes).

        18.   Lente da lâmpada piloto “ventilador/exaustor”.

        19.   Lente da lâmpada piloto “itinerário”.

        20.   Lente da lâmpada piloto “farol baixo”.

        21.   Lente da lâmpada piloto “farol alto”.

        22.   Lente da lâmpada piloto “carga nas baterias”.

        23.   Lente da lâmpada piloto “luz de ré”.

        24.   Lente da lâmpada piloto “seta”.

        25.   Chave de ignição (alimenta todo o circuito de 24 V).

        26.   Voltímetro de bateria.

        27.   Manômetro (monitora a pressão de ar nos reservatórios).

        28.   Relógio – horímetro.

        29.   Voltímetro de linha.

        30.   Velocímetro – tacógrafo.

- Posto de cobrança:

    - tipo:  cobrança  automática,  com dois bloqueios automáticos instalados  na porta de  embarque (dianteira), utilizando bilhetes magnéticos. 

    - sistema: Almex (original de fábrica), posteriormente substituído por Digicom.

   O sistema de cobrança automática, mesmo após a reforma realizada na frota, continuou utilizando o mesmo tipo de bilhete magnético, apesar das modernizações realizadas no sistema.

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Bilhete utilizado no sistema de cobrança dos trólebus, até a desativação do sistema.

(Foto: Marco A. G. Brandemarte).

Modificações na frota de trólebus

 

Durante a operação comercial, os trólebus da TRANSERP sofreram algumas modificações, realizadas pelos próprios técnicos da empresa. Confira na tabela abaixo:

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(Fonte: Gerência de Operações - TRANSERP).

Além da troca de pintura, os trólebus sofreram reformas no salão de passageiros, operações estas realizadas em 1.997. Entretanto, os veículos mantiveram a sua numeração original, desde a época de aquisição. Os 22 trólebus receberam numeração de 1.001 a 1.022.

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Trólebus  com  pintura  padrão  EBTU,  no  pátio  das Indústrias Villares, ainda com os quatro faróis dianteiros.

(Fonte: folheto “Trólebus Villares - 2 eixos e articulado, publicado por Indústrias Villares S/A).

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Trólebus com pintura padrão EBTU, no interior das oficinas de manutenção da TRANSERP, com  apenas dois faróis dianteiros.     

(Foto tirada pelo autor durante visita à Transerp em 1.997).

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Trólebus  com pintura padrão TRANSERP, no interior das oficinas de manutenção da empresa.

(Foto tirada pelo autor durante visita à Transerp em 1.997 ).

ELETROCONTROLES: fabricado por indústrias Villares S/A, incluindo sistema de controle de tração “chopper”, resistores de frenagem, motor de tração, sistemas auxiliares e demais componentes elétricos/eletrônicos.

- Desempenho:

    - velocidade máxima: 65 km/h

    - aceleração máxima: 1,5 m/s2

    - rampa máxima: 12 %

- Alimentação elétrica:

    - tensão da rede aérea:

        - nominal: 600 Vcc

        - mínima: 400 Vcc

        - máxima: 720 Vcc

    - circuito de corrente contínua (bateria): 24 Vcc

- Motor de tração:

    - tipo: BB 926 – 2 I (Villares)

    - quantidade: 01

    - localização: entre-eixos

    - massa: 670 kg

    - ventilação: autoventilado

    - excitação: série

    - isolação (armadura): classe “H”

    - dados característicos:

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Motor de tração Villares - trólebus TC 002 - em manutenção.

(Foto tirada pelo autor durante visita à Transerp em 1.997 ).

- Sistema de controle de tração:

    - tipo: chopper

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(Fonte: Transerp).

- Sistemas auxiliares:

    - motor auxiliar (acionamento da bomba de direção hidráulica, com volante de inércia e acionamento do alternador):

        a)  fabricação: Villares

        b)  tensão: 550 V

        c)  potência: 4,5 cv

        d)  funcionamento: contínuo

    - motor auxiliar (acionamento do compressor):

        a)  fabricação: Villares

        b)  tensão: 550 V

        c)  potência: 2,0 cv

        d)  alimentação: comando elétrico automático

    - subsistema de baixa tensão:

        a)  tensão nominal: 28 Vcc

        b)  tensão mínima: 24 Vcc

        c)  tensão máxima: 30 Vcc

        d)  número de baterias: 02

        e)  recarregamento: alternador

Fonte de Pesquisa:

- Folheto “Chassi Scania para Trólebus com Suspensão a Ar”, publicado pela Scania do Brasil.

- Folheto “Trólebus Villares” (2 eixos e articulado), publicado por Indústrias Villares S/A.

- “Manual de Operação” – Frota TRANSERP, publicado pela TRANSERP.

- Contatos com a TRANSERP (Gerência de Operações e Gerência de Manutenção) - 1.997.

 

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