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Foto: Jurandi Augusto-Google Maps

VOLTA DO PASSEIO DE TRÓLEBUS JÁ!

SÃO PAULO MERECE RESPEITO À SUA HISTÓRIA E AO MEIO AMBIENTE! ( * )

 

É inadmissível que uma cidade do porte de São Paulo, que tanto se orgulha de ser moderna, inovadora e sustentável, tenha simplesmente enterrado um dos maiores símbolos de sua história e da mobilidade limpa: o tradicional PASSEIO DE TRÓLEBUS.

 

Esse passeio, que acontecia todo dia 25 de Janeiro, aniversário da cidade, não era só nostalgia. Era CULTURA, era EDUCAÇÃO, era MEMÓRIA VIVA do transporte sustentável que São Paulo deveria valorizar. E mais: por que não expandi-lo? DOMINGO APÓS DOMINGO, famílias inteiras poderiam aprender, se divertir e entender que o futuro da mobilidade é elétrico, é limpo, é silencioso.

 

É uma vergonha que a cidade que prega sustentabilidade deixe seus trólebus escondidos nas garagens, enquanto empurra ônibus a diesel para a população respirar. Hipocrisia tem limite.

 

Está mais do que na hora da Prefeitura de São Paulo, SPTrans, Secretaria de Mobilidade e até os vereadores saírem da bolha, tirarem a venda dos olhos e enxergarem que o povo quer história, quer cultura, quer lazer de qualidade — e, acima de tudo, quer RESPIRAR AR PURO.

Nós exigimos:

 

- A volta do Passeio de Trólebus no aniversário de São Paulo;

- A ampliação desse passeio para todos os domingos, com roteiros que contem a história da cidade, da mobilidade e do transporte coletivo;

- Que São Paulo valorize seus trólebus, que são PATRIMÔNIO VIVO da mobilidade sustentável, em vez de tratar como peças de museu esquecidas.

Se outras cidades do mundo preservam seus bondes, ônibus antigos e até metrôs históricos como atrações turísticas e educativas, por que São Paulo — a maior cidade do hemisfério sul — não pode fazer o mesmo?

 

É questão de vontade política. É questão de respeito. É questão de consciência ambiental.

 

QUEREMOS O PASSEIO DE TRÓLEBUS DE VOLTA. E QUEREMOS JÁ!

 

Marcos Galesi

DRT 083846/SP

​​

( * ) O site Trólebus Brasileiros cedeu este espaço para que Marcos Galesi exponha sua ideia para a divulgação, preservação, defesa e expansão do sistema trólebus em São Paulo, a qual demonstramos nosso apoio.

Como Surgiu o Passeio de Trólebus no Aniversário de São Paulo? Uma História de Luta, Consciência e Patrimônio

 

São Paulo, 25 de janeiro – O que hoje é reconhecido como um dos principais eventos de conscientização sobre a mobilidade sustentável da capital paulista, o Passeio de Trólebus no aniversário de São Paulo, nasceu de uma conversa carregada de propósito, reflexão e amor pela cidade.

 

Tudo começou quando o jornalista e especialista em transporte Marcos Galesi, ao lado do amigo, historiador e estudioso dos transportes Jorge Françoso — grande entusiasta dos trólebus e colaborador da revista Trólebus Magazine —, estava reunido à mesa com o então secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, e o respeitado Dr. Wolff, defensor das causas ambientais.

 

Naquele encontro, o tema central era um só: “Como podemos chamar a atenção da população e das autoridades para a importância do sistema trólebus?” Afinal, a população é o maior interessado e também o maior aliado na preservação desse patrimônio.

 

Foi nesse contexto, durante aquela troca de ideias, que surgiu a proposta inovadora. “Ali, sentado, veio a inspiração: criar um passeio simbólico no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade. E o nome do projeto não poderia ser mais representativo: ‘O Coração da Cidade — Da Janela de um Trólebus’”, relembra Galesi.

 

A partir dali, o projeto começou a tomar forma. Marcos Galesi elaborou o primeiro desenho conceitual da proposta, enquanto Jorge Françoso ficou responsável por toda a diagramação e revisão técnica do texto do projeto. O documento foi entregue ao secretário do Verde, que imediatamente repercutiu a ideia junto ao prefeito e às secretarias envolvidas.

 

O projeto rapidamente se tornou uma ação conjunta, reunindo diversos órgãos e instituições:

 

> São Paulo Transporte (SPTrans)

> Secretaria do Verde e Meio Ambiente

> EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos

> Operadora Metra

> Guarda Civil Metropolitana (GCM)

> Secretaria Municipal de Turismo, que, inclusive, abriu espaço para que estagiários atuassem durante o evento, promovendo aprendizado e integração.

 

 

O passeio, além de proporcionar uma experiência diferente, foi uma poderosa ferramenta de conscientização. Mostrou à população, à imprensa e às autoridades a importância vital do sistema trólebus para a cidade de São Paulo.

 

Durante os eventos, a mobilização foi tão expressiva que a população presente chegou a organizar um abaixo-assinado pela permanência do sistema, demonstrando que o trólebus não é apenas um meio de transporte, mas um verdadeiro patrimônio que precisa ser protegido.

 

A repercussão foi tão grande que o então prefeito Gilberto Kassab participou do passeio, acompanhado do governador Geraldo Alckmin. Anos depois, o prefeito Fernando Haddad também fez questão de embarcar no trólebus, acompanhado de seu secretário de Transportes, reconhecendo a importância desse sistema para a cidade.

 

“Esse passeio foi, ao longo do tempo, uma verdadeira aula pública sobre patrimônio, sustentabilidade e mobilidade. Enquanto o mundo inteiro preserva seus patrimônios, São Paulo, infelizmente, ainda convive com a lógica do sucateamento e da destruição do que já tem de bom, como aconteceu no passado com os bondes, que chegaram a ter 500 quilômetros de trilhos e foram desativados por puro imediatismo, prejudicando toda uma geração”, ressalta Galesi.

 

Hoje, quando tanto se fala em modernidade, ônibus elétricos, bondes modernos e VLTs, São Paulo ignora que já possui há décadas uma infraestrutura capaz de oferecer transporte limpo e eficiente: os trólebus e sua rede elétrica, que, inclusive, poderia ser usada para recarregar ônibus elétricos modernos — uma solução ignorada pelo poder público.

 

“É preciso que a população conheça essa história, pois o conhecimento é a maior arma contra a desinformação e os desmandos do poder público. Queira ou não, **o trólebus é patrimônio da cidade de São Paulo. São mais de 70 anos de história, e ele precisa ser preservado, valorizado e fortalecido como símbolo de uma cidade que respeita seu passado e se preocupa com o futuro,” conclui Marcos Galesi.

 

 

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