O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Ainda que eu atravesse o vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois Tu estás comigo.
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Trólebus & Veículos Elétricos Brasileiros:
Ônibus Elétricos a Hidrogênio
Trata-se de um ônibus com motor de tração elétrica, alimentado por um gerador de eletricidade, proveniente de células de combustível. A energia elétrica é produzida através de uma reação química nas células de combustível que utilizam o hidrogênio líquido, tendo como resíduo apenas água que é eliminada no cano do escapamento. Também existe um banco de baterias de tração complementar.
A vantagem é que se trata de um veículo puramente elétrico, com todas as suas vantagens. A grande desvantagem está na própria obtenção do hidrogênio líquido, que demanda grande quantidade de energia elétrica para a sua produção. Também há a necessidade de compressão do hidrogênio para armazenamento em cilindros específicos.
Em suma, a produção do hidrogênio líquido e seu armazenamento ainda são processos muito complexos e custosos, o que desestimula o uso desta tecnologia neste momento.

No Brasil foram dois consórcios construtores de ônibus a hidrogênio:
* O "Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio" coordenado pela EMTU/SP, constituído por oito empresas nacionais e multinacionais (AES Eletropaulo, Ballard Power Systems, Epri, Hydrogenics, Marcopolo, Nucellsys, Petrobras Distribuidora e Tuttotrasporti): lançado em 2006 consistiu na aquisição, operação e manutenção de quatro ônibus com célula a combustível a hidrogênio, atualmente em operação no corredor ABD Paulista.
Contempla ainda a instalação de uma estação de produção de hidrogênio por eletrólise a partir da água e abastecimento dos ônibus, além do acompanhamento e verificação do desempenho desses veículos.
Em 2009 iniciaram-se os testes operacionais e em 2010 o ônibus protótipo passou a ser testado com passageiros no Corredor Metropolitano ABD (São Mateus - Jabaquara). Em 2015 ocorre a entrega de mais três novos ônibus movidos a hidrogênio, os quais estampam em sua pintura externa três pássaros que são símbolos da fauna brasileira: a Ararajuba, o Sabiá-Laanjeira e o Tuiuiú.
Após anos encostados os três últimos ônibus sofreram reforma de suas carrocerias pela Marcopolo e posteriormente passaram a circular na Cidade Universitária da USP, em 2023. Neste mesmo ano a EMTU-SP e a USP (Universidade de São Paulo) anunciaram o início de um projeto com estes ônibus movidos à hidrogênio e a construção de uma estação que terá a capacidade de produzir em torno de 5 kg do combustível por hora. O hidrogênio será obtido a partir do etanol.




Protótipo e demais ônibus movidos a hidrogênio - "Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio" coordenado pela EMTU/SP.
nio.fss).

Componentes dp protótipo do ônibus movidos a hidrogênio - "Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio" coordenado pela EMTU/SP.
(https://revistapesquisa.fapesp.br/coletivo-a-hidrogenio/).
Apresentações institucionais - "Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio" coordenado pela EMTU/SP.
Clique nas imagens para visualizar/baixar.
nio/onibus-a-hidrogenio-apresentacoes.fss).
* O "H2 + 2" coordenado pela Coppe/UFRJ (Universide Federal do Rio de Janeiro) constitui num ônibus híbrido movido a energia elétrica, obtida de bateria abastecida na rede e complementada com energia produzida a bordo, por meio de pilha a combustível alimentada com hidrogênio. Com tecnologia 100% nacional, o veículo foi lançado durante a Rio+20, o evento promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2012, no Rio de Janeiro.
Em 2012 foi lançada sua segunda versão, 40% mais eficiente no aproveitamento da energia e com custo de fabricação 30% menor que o modelo anterior. Mudanças no sistema de tração permitiram reduzir a potência da pilha a combustível e torná-la mais leve, sem comprometer o desempenho do veículo.
A terceira versão lançada em 2017, além de mais eficiente do ponto de vista energético, torno-se mais adequado aos métodos industriais de fabricação, visando à produção em série. o veículo tem capacidade para 69 passageiros, com autonomia de 330 quilômetros, o equivalente ao deslocamento médio diário dos ônibus urbanos a diesel. Assim como os carros de Fórmula 1, o veículo recupera a energia cinética, que é produzida com a movimentação e, nos veículos comuns, desperdiçada nas desacelerações e frenagens. No H2+2, é regenerada em energia elétrica e reaproveitada para recarga das baterias.
Apresentação do ônibus híbrido a hidrogênio - Coppe/UFRJ.
(https://www.youtube.com/watch?v=B69UwUQbtSU&t=27s).




