3 - Histórico e Características dos Trólebus de Terceira Geração:
Esta fase é marcada, principalmente, pela participação de empresas especializadas na fabricação de carros ferroviários e metroviários. A tecnologia das duas conceituadas empresas nacionais (MAFERSA e Cobrasma) foi aplicada no projeto dos trólebus, para o desenvolvimento da carroceria monobloco, resultando em veículos mais leves. Entretanto, além destas duas empresas, a Mercedes-Benz também desenvolveu três protótipos de trólebus monobloco, adaptando-os ao seu famoso modelo de ônibus urbano O-371.
A MAFERSA, em conjunto com a Villares, forneceu setenta e oito unidades à CMTC, de São Paulo, entre 1.986 e 1.988, na implantação do corredor especial para trólebus e ônibus expressos. Em 1.987, a empresa produziu o seu protótipo de trólebus articulado e, em 1.988, outros seis veículos (de dois eixos) foram fornecidos para a CSTC, de Santos.
Protótipo do trólebus MAFERSA/Villares.
(Fonte: http://www.revistaportaldoonibus.com/bancodeimagem/displayimage.php
.?album=search&cat=0&pos=1)
Trólebus Mafersa em operação na cidade de São Paulo-SP, pela CMTC.
(Fonte: http://www.revistaportaldoonibus.com/portal/index.php/noti
cias-2/58-cidades/113-69-anos-do-sistema-de-trolebus-em-saopa
ulo).
Trólebus Mafersa/Villares, CSTC-Santos-SP.
(Fonte: http://litoralbus-7.blogspot.com/2015/11/trolebus-mafersa-de-santos-antes-e.html).
A Cobrasma, que tradicionalmente empregou o aço inoxidável nos carros ferroviários também fez o mesmo nos seus trólebus. Os três primeiros veículos produzidos entre 1.985 e 1.987 foram protótipos, entregues à CTA, de Araraquara, sendo um deles equipado com equipamento elétrico Villares e os outros dois veículos com equipamentos Brown Boveri. A produção maior foi entregue à Companhia do Metropolitano de São Paulo, entre 1.986 e 1.988. Desta forma, quarenta e seis trólebus com equipamento elétrico Powertronics passaram a operar no moderno corredor que une as principais cidades da Grande São Paulo.
Trólebus Cobrasma/BBC - CTA Araraquara - prefixo 41.
(Fonte: https://onibusbrasil.com/troleibuscta/3049892).
Trólebus Cobrasma/BBC - CTA Araraquara - prefixo 42.
(Fonte: http://ehgarde.planetaclix.pt/trolleybus/aq41en.htm).
Trólebus Cobrasma/Villares - CTA Araraquara - prefixo 43.
(Fonte: http://onibusbrasil.com/foto/1337791).
Trólebus Cobrasma/Powertronics fornecido ao Metrô-EMTU/SP.
(Fonte: acervo EMTU-SP).
Por fim, a Mercedes-Benz forneceu para o sistema de Araraquara, entre 1.985 e 1.987, três protótipos de trólebus monobloco, adaptados a partir do modelo urbano O-371, de grande sucesso em nosso mercado. Estes possuíam eletrônica e motor fabricados pela Villares.
Trólebus Mercedes-Benz/Villares O371TR - CTA Araraquara - prefixo 44.
(Foto tirada por Marco A. G. Brandemarte, durante visita à garagem da Companhia Tróleibus Araraquara, em 1.998).
Trólebus Mercedes-Benz/Villares O371TR - CTA Araraquara - prefixo 45.
(Fonte: http://ehgarde.planetaclix.pt/trolleybus/a
q44en.htm).
Trólebus Mercedes-Benz/Villares O371TR - CTA Araraquara - prefixo 46.
(Fonte: http://www.railbuss.com.br/onibus/galeria/dis
playimage.php?album=37&pos=40).
Os trólebus de terceira geração foram produzidos entre 1.985 e 1.988. Estes veículos possuíam estrutura monobloco, com suspensão a ar, altura reduzida do piso e circuladores de ar. O sistema de controle de tração é do tipo “chopper”, conhecido pela sua facilidade de manutenção, se comparado aos sistemas anteriores. Isto ocorre, por exemplo, pelo pequeno número de componentes móveis e pela eliminação de resistências de partida, resultando em economia de energia e melhora no desempenho. Este sistema é composto basicamente pela caixa de semicondutores (circuito do chopper ou transistores), pelos capacitores de filtro de linha e pelo regulador eletrônico (processamento dos sinais de comando do operador e supervisão dos componentes).
Sistema de controle de tração do tipo chopper.
(Fonte: folheto “Trólebus Mafersa - Trólebus de 2 Eixos com Estrutura Integrada em Módulos”, publicado pela Mafersa S/A).