Os Sistemas de Trólebus Brasileiros:
São Paulo (SP) - Eletrobus
O Eletrobus – Consórcio Paulista de Transportes por Ônibus iniciou suas atividades em 1994, assumindo a garagem Tatuapé da extinta CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos, de São Paulo, no processo de privatização do transporte coletivo da cidade de são Paulo/SP.
Supervisionado pela SPTrans reformou toda a frota herdada, que estava em condições precárias, adquirindo ainda novos trólebus da indústria nacional.
> Dados gerais do Consórcio Eletrobus em 1999:
- quilometragem/mês rodada em serviço comercial pela frota: 1.500.000
- passageiros/mês transportados: 3.500.000
- número total de funcionários: 1.680
- disponibilidade da frota: 99 %
- área total da garagem: 85.000 m2
- área construída da garagem: 16.000 m2
No início de 2002 o Consórcio Eletrobus encerrou suas atividades. Em seu lugar vieram outras empresas/consórcios em regime de concessão temporária, sendo a Viação Capital a primeira a assumir a operação e a frota remanescentes.

Fachada da Garagem GTA Tatuapé à época do Eletrobus.
(Foto: Marco A. G. Brandemarte).

Vista aérea de parte da frota do Eletrobus na Garagem GTA Tatuapé - zona leste de São Paulo/SP.
(Fonte: http://cleversoncmtc.blogspot.com/2018/03/garagem-tatuape-frota-trolerbus.html).

Garagem GTA Tatuapé à época do Eletrobus.
(Foto: acervo Eletrobus).

Garagem GTA Tatuapé à época do Eletrobus.
(Foto: acervo Eletrobus).

Garagem GTA Tatuapé à época do Eletrobus.
(Foto: acervo Eletrobus).

Garagem GTA Tatuapé à época do Eletrobus.
(Foto: acervo Eletrobus).

Garagem GTA Tatuapé à época do Eletrobus.
(Foto: acervo Eletrobus).

Garagem GTA Tatuapé à época do Eletrobus.
(Foto: acervo Eletrobus).
Abrangência das linhas:
Na cidade de São Paulo a rede básica do Eletrobus abrangia além do Centro os seguintes bairros:
-Zona Sul: Cambuci.
-Zona Leste: Mooca, Vila Prudente, São Mateus, Vila Carrão, Vila Formosa.
-Zona Oeste: Pinheiros, Pacaembu.
A maior demanda encontrava-se na Zona Leste da capital, onde estão os bairros Mooca, Vila Prudente, São Mateus, Vila Carrão e Vila Formosa. A integração do Eletrobus era do tipo ônibus-ônibus, realizada nos terminais urbanos e intermunicipais.

(Fonte: Informativo "O Trólebus", publicado pelo Eletrobus.

Trólebus do Eletrobus na linha 408-A Machado de Assis/Cardoso de Almeida. Esta linha tem um grande valor histórico, pois o trecho entre a Praça João Mendes e Aclimação foi o trajeto da primeira linha de São Paulo e do Brasil, inaugurada em 22 de Abril de 1949.
(Foto: acervo SPTrans).

Trólebus do Eletrobus em 1996 defronte o Páteo do Colégio, marco inicial do nascimento da cidade de São Paulo.
(Foto: acervo SPTrans).

Trólebus do Eletrobus na Avenida Paes de Barros.
(Foto: acervo SPTrans).

Trólebus do Eletrobus na linha linha 2101/10 "Praça Sílvio Romero-Praça da Sé".
(Créditos na foto).


Trólebus do Eletrobus na linha linha 2340/10 "Terminal Penha-Terminal Parque Dom Pedro II".
(Créditos na foto).
Trólebus do Eletrobus na linha linha 2101/10 "Praça Sílvio Romero-Praça da Sé".
(Créditos na foto).


Trólebus do Eletrobus na linha linha 307U "Tatuapé Ceret - Butanta Usp": considerada a maior linha de trólebus que o brasil ja teve.
(Créditos na foto).
O trólebus protótipo Mafersa do Eletrobus na linha linha 408A "Machado de Assis-Cardoso de Almeida".
(Créditos na foto).
Circular Central
Com a supervisão da SP Trans o Eletrobus colocou à disposição dos usuários o serviço de transporte Circular Central, interligando os terminais Bandeira, Parque D. Pedro II e Princesa Isabel.
Os trólebus da frota Circular Central possuíam um visual totalmente diferenciado. Nas laterais traziam painéis pintados com marcos históricos da cidade, como o Páteo do Colégio, o Viaduto do Chá, o Palácio das Indústrias, etc. Além de ter um apelo histórico e de se integrar ao Projeto para a Revitalização do Centro, a “cara nova” destes trólebus possibilitava ao usuário o reconhecimento imediato dos veículos.
A interligação dos terminais era feita com tarifa única, pagando o usuário apenas uma passagem, utilizando-se de catracas eletrônicas instaladas no interior dos trólebus.
Vantagens do Circular Central:
- integração gratuita com qualquer linha de ônibus dos terminais.
- rapidez no transporte.
- agilidade no embarque.
- veículos mais silenciosos e com melhor desempenho.
- redução da poluição no centro da cidade.
Sistema de integração nos terminais: através de tarifa única, os terminais da região central da cidade permitem uma ligação direta entre:
- bairros (como por exemplo: Santo Amaro, Moema, Brooklin, Interlagos, Socorro, Vila Sabrina, Vila Guilherme, Pari, Butantã, Pinheiros, Jardim Paulista, Penha, São Miguel, Tatuapé, Itaquera e Cidade Universitária).
- lazer e cultura (utilizando-se das linhas para o Zoológico, Parque Ibirapuera, Parque da Lapa, SESC Pompéia e Memorial da América Latina, existindo ainda ligação com o Hospital das Clínicas e Aeroporto de Congonhas).
Clique aqui para baixar o folder “Circular Central - A Nova Linha do Coração de São Paulo”, publicado pela SP Trans.


Mapa de distribuição das linhas do Circular Central.
(Fonte: folheto: “Circular Central - A Nova Linha do Coração de São Paulo”, publicado pela SP Trans).
Trólebus do Eletrobus adesivado para a linha Circular Central, defronte o Páteo do Colégio, marco inicial da cidade de São Paulo.
(Foto: acervo SP Trans).
Rede Aérea:
A rede aérea existente ficava sob responsabilidade da Eletropaulo – Eletricidade de São Paulo, empresa geradora e distribuidora de energia elétrica na região, sendo responsável também pela manutenção da rede aérea.
Características da rede aérea (1999)
- extensão em operação: 180 km
- tensão de operação: 600 Vcc
- subestações em operação: aproximadamente 30
- potência das subestações: 500 kW, 1000 kW, 1500 kW ou 2000 kW.