Hoje trazemos diversos questionamentos direcionados à SP Trans - São Paulo Transporte S/A, empresa responsável pela gestão do sistema de transporte público de passageiros sobre pneus da cidade de São Paulo. Agradecemos à Assessoria de Imprensa da instituição pelo apoio e direcionamento das questões às áreas competentes da empresa.
Confira mais detalhes da entrevista abaixo:
TB: Como está a situação dos contratos de concessão das empresas de ônibus? As regras serão revistas devido às drásticas mudanças que a pandemia trouxe para ficar? Caso positivo, tais mudanças têm prazo para implantação?
SP Trans: A portaria SMT.GAB nº 081, de 24 de março de 2.020, instituiu uma série de ações para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 e também, regras em caráter temporário e emergencial necessárias para a execução do serviço de transporte coletivo por ônibus, incluindo a suspensão de prazos dos contratos de concessão. Após o período de emergencialidade, serão revistas e adotadas as medidas necessárias para a manutenção do serviço de transporte público.
TB: Quais as principais ações adotadas pela SP Trans para a implantação das frotas menos poluentes?
SP Trans: O Sistema de Transporte Coletivo Municipal conta atualmente com 18 ônibus 100% elétricos a bateria e 201 trólebus, ônibus movidos a energia elétrica conectados à rede aérea de alimentação, que operam em 10 linhas. A operação dos trólebus proporciona a redução de aproximadamente 20 mil toneladas/ano de CO2.
Além disso, toda a frota de ônibus circula com um tipo de diesel menos poluente - uma mistura 90% diesel S10 (menor teor de enxofre) e 10% biodiesel (B10). Atualmente, 93% da frota está equipada com motor Euro V, com sistema de filtragem que reduz a emissão de poluentes. Todos os ônibus novos entram em circulação com essa tecnologia. Desde o início de 2017, 7.052 ônibus novos mais sustentáveis e menos poluentes foram incluídos no sistema.
Cabe destacar que, além dessas medidas, a substituição de veículos mais antigos que são mais poluentes por novos veículos que emitem menos também contribui para a redução da emissão de poluentes.
Adotando como linha de base as emissões de gases poluentes da frota equivalente a dezembro de 2.016, estabelecida na Lei 16.802, até o momento foram reduzidos 47% de Óxidos de Nitrogênio - NOx, 66% de Material Particulado e 1,6% de Dióxido de Carbono CO2.
A partir da assinatura dos novos contratos de concessão do transporte público em setembro de 2.019, as empresas concessionárias têm de reduzir, em 10 anos, 55,3% a emissão de gás carbônico / 90,2% de óxido de nitrogênio / 98,8% de material particulado. Em 20 anos, a redução deve alcançar os 100%.
Caberá às empresas definir qual tecnologia será usada em seus veículos para o cumprimento das metas previstas contratualmente.
TB: Em relação aos ônibus elétricos à baterias em operação pela Transwolf:
a) Qual a potência da estação de recarga localizada na garagem?
SP Trans: A estação de recarga foi dimensionada para atender a demanda de 1.200kW.
b) Qual tipo de demanda está enquadrada na conta de energia?
SP Trans: A conta de energia está enquadrada na modalidade tarifária Verde do Grupo A, Subgrupo A4.4
c) Quais as perspectivas para a frota e o sistema de trólebus nos próximos 14 anos de concessão na cidade de São Paulo?
SP Trans: Conforme os cronogramas de substituição de frota apresentados pelas empresas, a maioria optou pela tecnologia de veículos de tração elétrica a bateria, inclusive a operadora atual dos trólebus.
TB: A aquisição de cerca 40 trólebus previstos no edital será cumprida? Existe um prazo previsto?
SP Trans: A portaria SMT.GAB nº 081, de 24 de março de 2020, suspendeu algumas obrigatoriedades contratuais durante o período da pandemia do Covid-19.
TB: A substituição da linha da Penha por trólebus, prevista no edital, será realizada? Existe um prazo previsto?
SP Trans: A portaria SMT.GAB nº 081, de 24 de março de 2020, suspendeu algumas obrigatoriedades contratuais durante o período da pandemia do Covid-19.
TB: Além da tração elétrica, quais outros tipos de combustível a SP Trans cogita aprovar para os novos ônibus?
SP Trans: Na Lei Municipal 16.802 e nas cláusulas dos atuais contratos de concessão não está especificada qual a tecnologia deverá ser utilizada, mas as metas de redução dos gases poluentes. Como respondido anteriormente, a maioria das empresas vêm optando pela tração elétrica a bateria. Importante frisar que ao longo do período de contrato de 15 anos, novas tecnologias poderão ser utilizadas, desde que atendam aos requisitos definidos na Lei 16.802 e nos contratos de concessão.
TB: As empresas operadoras têm apresentado resistência quanto à adoção de ônibus elétricos, trólebus ou outras tecnologias menos poluentes?
SP Trans: Todas as empresas apresentaram cronogramas de substituição da frota por alternativas mais limpas dentro dos prazos previstos nos contratos.
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