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Trólebus & Veículos Elétricos Brasileiros:
Artigos & Entrevistas - Artigo Marco Brandemarte 23/03/2022


 

O sistema de trólebus de Santos já teve dias melhores. Inaugurado em 1963 sob a responsabilidade da antiga SMTC - Serviço Municipal de Transportes Coletivos – atingiu rapidamente 76 km de vias eletrificadas, com 50 veículos importados em operação.


Já em 1972 com a dificuldade em se adquirir peças de reposição importadas, um dos trólebus foi convertido a diesel para estudos de viabilidade técnico-econômica.

Em 1.976 a SMTC encerrou suas atividades, dando lugar à CSTC - Companhia Santista de Transportes Coletivos. Inicia-se então a reforma dos trólebus originais italianos ainda operantes. Na sequência novos carros montados na própria empresa ou fornecidos pelo mercado nacional são incorporados à frota.

Na primeira metade da década de 1990 as linhas chegam a 41 km de vias eletrificadas, porém a partir de 1995 se inicia a decadência da CSTC com diminuição no trajeto e na frota dos trólebus, ficando reduzida a sete veículos.

Em 1998 a operação dos poucos trólebus que restaram foi assumida pela Viação Piracicabana. Atualmente existe apenas a Linha 20 em operação, a qual foi inaugurada em 1.988, ligando o bairro do Gonzaga ao Centro Histórico. Em 2006 o historiador Waldir Rueda Martins solicita à Condepasa o tombamento do sistema de trólebus santista, porém devido ao seu falecimento o processo não foi adiante.

 

Dos seis trólebus Mafersa restantes, dois foram reformados entre 2.009 e 2.012, recebendo novo sistema de tração, além de melhorias na carroceria. Em 2.012 os trólebus foram adesivados com pontos turísticos da cidade de Santos.

Devido a sua importância histórica em 2.014 foi instituído o "Dia do Trólebus de Santos" (Lei Municipal 2968/2.014).

A cidade de Santos representa atualmente o único município da América Latina que possui os sistemas de trólebus e bondes operando simultaneamente (vide imagem abaixo retirada da Internet).

Desde 2020 a operação do trólebus está suspensa. Após diversas tentativas de contatos com os órgãos envolvidos (Prefeitura, CET e Piracicabana) e respostas vagas (quando dadas) recebemos da CET Santos a informação de que a rede aérea encontra-se em manutenção e que após o término da intervenção os veículos retornarão às ruas. O prazo??? Só Deus sabe !!!

Situação bem diferente da acordada na época de transição CSTC x Piracicabana no final da década de 1990, onde a permissionária além de preservar os veículos existentes ainda teria que colocar em operação mais 15 novos trólebus, num prazo de 12 meses, que substituiriam os ônibus convencionais na linha 4 e dariam apoio aos trólebus da linha 20, totalizando 37 trólebus ao final de 2 anos.

A única certeza até o momento é de que todo esse patrimônio que foi comprado com dinheiro público neste instante encontra-se parado à mercê do tempo e do descaso, não só do poder público mas também da população que assim como a maioria esmagadora dos brasileiros ainda não aprendeu a reivindicar por seus direitos e por um transporte mais limpo e confortável.

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